Quem sou eu? #3
- Vitor Machado Marques
- 31 de jul. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 3 de ago. de 2018
As águas revoltas balançam,
Num mar de solidões que avança.
Destroem os moinhos de ventos,
Atravessando vórtices de adagas
Que fazem cair as cascas das feridas.
Sem tempo pra lamber os machucados,
Reviro-me de la pra cá em intensa agonia.
Latindo feito cachorro louco, danado,
E uivando alto para a lua, nada discreto,
Dou saltos agudos no ar, despavirado.
Recaindo de costas em devaneio,
O chão amolado me ampara certeiro.
Não é um mero sentimento amador.
É o fator comum de todas as gentes,
Desse tempo e dos antigos.
Passados perdidos, sem cor.
O que nos penetra o couro como gado,
Arrancando a casca que guarda meu ouro.
Não é mole, nem duvidoso,
Nascemos chorando,
É o que nos conecta com fervor,
Sem nenhuma dúvida, resistimos
A todo sentimento de DOR...
SARAVÁ!

Mora Fuentes: “Intensidade: era apenas isso tudo
O que eu sabia fazer.”
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