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Poema nada atraente

Atualizado: 17 de mai. de 2018


Guarde os baldes de água fria pra quem for matar a sede de ti,

E não me venhas mais com essa ladainha de que devemos ir suave na nave.

Deixe-me livre como o balanço de uma bailarina movimentando-se no ar,

Ou como o canto livre de um pássaro pela manhã batendo as asas já de partida.

A calmaria atravessando a tempestade nos encontraria se você deixasse eu te amar.

Guardo de ti o azul do céu refletido nos teus olhos iluminando os meus,

A fala mansa atravessava a pedra de luz vermelha fosca que carregava no peito,

Da mesma intensidade do brilho de uma estrela apagada, que rasga contra o tempo com energia de sobra.

Esqueço o resto porque não me convém viver às amarras desse escravo amor,

Pode ser que não tenhas mais dúvidas sobre mim e só por isso, talvez, ainda te guardo comigo.



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