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Paz entre os mundos

Atualizado: 17 de nov. de 2018

Um dos maiores erros do homo sapiens é renegar sua história, tapando os olhos por medo do escuro, quando tudo que enxergam é breu. A segunda coisa seria, obviamente, não viver o próprio tempo. Estar sempre ausente de si, evitando as sabedorias dos séculos, do tempo, da vida, e de tudo que já se foi inventado, aprendido e repassado, o antes, o agora, o depois, é mesmo uma armadilha traiçoeira. Saber disso é perpetuar-se em ritmo do balanço que nos embala, restaurando um equilíbrio que se quebrou, trazendo de volta a harmonia para nossa canção, sorrindo de novo. Mudar é sempre uma decisão difícil, principalmente se a mudança tem que partir da gente. Peço trégua ao ódio, a violência e ao medo.


Uma salva de palmas para os mortos.

Nós lembramos.


Cemitério São João Batista, R. Rio de Janeiro - Rio Branco, Acre, 2014.

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