Outros tempos
- Vitor Machado Marques
- 3 de out. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 3 de dez. de 2018
Tentar salvar o tempo numa cápsula
Sem olhar pra dentro do pano preto
Que se entende num espetáculo de memórias,
Inventadas ou não, me faz repensar...
O que é o tempo?
Tudo que se vê tem um tempo,
E tudo tem um tempo pra acabar,
Mas o tempo não se pode tocar.
Então, o tempo é tudo que há.
Nas lembranças descansa inconsciente
De um tempo passado e presente.
O tempo é temporário.
Bobagem tentar contar, isso não dá.
Numa hora dessas seria perda de tempo,
Com o futuro batendo na porta,
Beijando de despedida o que era agora,
Mas que ao mesmo tempo não é mais...
Vou dar tempo ao tempo
Para que dessa forma tenha tempo,
Sem pressa pra chegar,
Porque se não fosse o tempo
Não estaríamos em nenhum lugar.

Acho que vou no açougue pedir 1kg de tempo moído. Será que eles me entenderão? Será que alguém me entende de verdade? Prometo não cobrar o troco. Vou me dividir em dois, só assim entenderão, que o meu tempo é diferente, não é igual o de ninguém, nem nunca será, é próprio, de nascença, não é só meu, é nosso, mas quem sabe o compasso do tiquetaquear é meu corpo, sou eu, tudo no seu devido tempo...

REBOBINANDO...
Pensando nisso tudo, me vem na cabeça esse trava-língua que sempre praticava quando era erêzinho, porque ainda existe uma criança presa dentro de mim, se escondendo no âmago, nas entranhas, essa criança ainda vive, perdida em outro tempo, mas seguro das incertezas e dos improvisos da atual-idade. Presente de todo corpo. Finito.
E uma música, claro...
(O Tempo Não Para - cover Cazuza por Elza Soares)
(Tempo Perdido - Legião Urbana)
Estou sempre na dúvida... Mas, na dúvida, escolho a verdade escondida por dentro de tantas incertezas. Boa noite, navegantes!
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