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Encontros e despedidas - Nando Reis

Atualizado: 15 de mai. de 2018

Pense num homem simpático e paciente (macaco velho sabido das coisas, sabe?), me abraçou forte porque viu que eu tremia de nervoso (bichinha, toda encantada com aquele bofe ruivo), ainda fumamos do caretinha, ele fumava Camel e naquele tempo eu fumava Hollywood, conversamos sobre coisas totalmente fora do contexto de tudo que ele vive, dessas que ele já fala e ouve há anos luz não teve papo nem interesse de ambas as partes, mas sobre curiosidades que havia aprendido sobre a cidade e que não sabia, foi uma surpresa pra mim, aproveitei pra fazer aquelas velhas perguntas do tipo: "já tomou tacacá na Praça da Revolução? Mas o da base é melhor se fosse pra escolher um melhor, tá?! Melhor não, quis dizer 'mais gostoso'', dai ele me perguntou onde era a base e não soube explicar porque havia fumado um xuru antes de sair de casa para o hotel, e com quem tava lá também ele foi muito gentil, era eu e mais umas quatro meninas que me encontraram por lá, as três que se conheciam trabalhavam ali perto do Hotel Holiday In Express, que era onde ele estava hospedado, descobriram com fulano que ele estava hospedado ali, elas me dizem quando pergunto como haviam descoberto em que hotel ele tava, tem sempre alguém por trás das coisas, de tudo... é sempre fulano. Elas decidiram colar por lá também, só que é claro que eu já estava lá antes, porque nasci mais que empurrando o tempo com a bunda, o cú contra a lua ou sei lá, e nesse tempo que eu falo é esse mesmo tempo de agora que eu ainda fumava, estou quase parando de fumar, se não fosse pelo 'quase', mas enfim, as coisas sabem do seu caminho na vida e do seu sentido que a gente desconhece, havia decidido presenteá-lo com o livro "Enredos da memória", da escritora acreana Florentina Esteves, que infelizmente nos deixou esse ano, acho que ele gostou do presente já que estava feliz de estar finalmente no Acre e aprendendo no pouco tempo que tinha livre, rs, não sei nem se ele realmente leu depois, só sei que deu tempo de tomar uma cerveja ainda, quase às onze horas da manhã, acabou que eu fiquei mais introsado do guitarrista do que do próprio caso sonhado da minha vida que era o ruivão, é Diogo Gameiro o nome dele, pense num cara bacaninha, crioncinhas. Saí definitivamente do Facebosta e e abandonei muitos amigos queridos que tenho por aí pelo Brasil a fora... Saudade é tudo o que sei quando lembro de momentos como esse. Pronto, um pedacinho de mim foi desgrudado do telhado da caixinha de cima e deixado com vocês, aos que leram até o final, aproveitem o resto do tempo e façam o que quiser com estas informações.


Abraços.

Eu e o ruivão mais atraente do Brasil, Nando Reis; dezembro de 2016.

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